"ברוך הבא, שלום של לורד יכול כל פולש"!
"Sejam Bem Vindos, que a Paz de Jeová invada todos"!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O JOVEM CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO


O JOVEM CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO
Arthur Nantes de Alencar[1]

1.    INTRODUÇÃO

Uma das grandes questões para o cristão evangélico, mais especificamente assembleiano, é a sua relação com o mundo e como viver em uma sociedade corrompida que perdeu os valores éticos e morais, caindo no absurdo do relativismo em busca do seu próprio ideal. Assim, muitos cristãos estão perdidos no sentido de que não sabem como agirem e viver neste mundo sem compactuar com ele, alem do mais, muitos são oprimidos pelo sistema religioso, que equivocados, prendem o cristão em seu reduto dizendo ser pecado se relacionar com a sociedade na qual vive em grande tempo de confusão e distanciada dos princípios bíblicos.
Este estudo, portanto, visa refletir um pouco sobre este assunto e ajudar os cristãos, principalmente jovens, sobre a vontade divina do nosso viver. Partindo disto, será usada a seguinte metodologia: em primeiro lugar, faremos uma breve apresentação no contexto atual e os seus desafios para a igreja; depois o que o cristão deve fazer para viver com a sociedade e por ultimo aspectos bíblicos para o viver cristão.

2.    CONTEXTUALIZAÇÃO
Mudanças de visões de mundo, pensamentos e ideologias são constantes no período histórico sociológico da humanidade. È importante diante destas mudanças no mundo, a igreja estar sintonizada para tudo o que acontece, e o que tem se passado na mente da sociedade nos dias hoje.
A sociedade tem passado por um período considerado e denominado por muitos sociólogos e pensadores como o período da pós-modernidade, não no sentido de uma evolução do modernismo do Iluminismo, mas como um período que rejeita seus ideais e princípios, a pós-modernidade foi uma ruptura contra o projeto moderno. Para entender mais sobre o que é isso devemos relembrar que o modernismo foi o movimento da “explosão da razão”, na qual o homem pelos avanços da sociedade e da razão ser humana, este deificou a razão e por conseqüência elevou o homem ao lugar mais alto. Através disto que se teve a ideia da “Morte de Deus”[2], com o avanço técnico e cientifico em alta, não seria necessária mais uma divindade intervindo para o bem do homem, dava-se inicio o progresso, lema da modernidade.
Porem, não foi bem isto que aconteceu, a crença no progresso pela razão humana  falhou, o poder da razão em grandes catástrofes na natureza para a busca do crescimento do poder humano e também a razão levou homens como Hitler[3] em idealizar uma sociedade perfeita, fez o que fez matando grande numero de pessoas, acontecimento que marcou o mundo ate hoje e nos entristece ate hoje quando estudamos os acontecimentos desta época.
Bem, como vimos a modernidade falhou, e foi sobre estes aspectos que surgiu o homem pós-moderno. A pós-modernidade rejeita todos os fundamentos da modernidade, como também sua crença num mundo perfeito rumo ao progresso.  Assim surge o homem pós-moderno, sem fundamentos, incrédulos e irracionais, a pós-modernidade, portanto se caracteriza pelo relativismo, não existe mais verdades absolutas; pluralismo, pluralidade de ideias. Em uma linguagem popular, o homem pós-moderno “chuto o balde”, não acredita em mais nada, busca apenas o que lhes satisfaz naquele momento, são eles narcisistas e hedonistas.
Diante deste agravo, surgi então os famosos movimentos, os hippies são um exemplo interessante deste movimento, a despreocupação com a vida. Isto repercutiu para que a sociedade perca seus valores éticos, morais, hoje tudo se pode, e você não será mais criticada pelo o que você fazer, o que era completamente errado e indigno antes hoje já não é mais, como exemplo disso é o consenso para a aceitação do homossexualismo. Resumidamente a sociedade de hoje, influenciada por este novo movimento, prega o seguinte: “Viva! Sem ligar com o que vem amanha, não se desgaste em procurar o que é verdade e o que é certo, isso não da certo, se esqueça do que os outros pensam, apenas vivam para satisfazer suas vontades.”

3.            O CRISTÃO VIVENDO HOJE

            Como foi visto a sociedade hoje, tem se desviado totalmente do ideal divino, da moral, da ética e da verdade absoluta. Pensando nisto, fica difícil tentarmos pensar em uma relação do jovem cristão com a sociedade  de hoje, mas o que a igreja deve fazer e agir diante destas verdades. Para uma resposta para esta questão devemos fazer algumas reflexões e também analisarmos biblicamente sobre o que Deus deseja que façamos.
            Em primeiro lugar, a pós-modernidade é um desafio para a igreja, é necessário cuidados dos cristãos em não se juntarem aos pensamentos pós-modernos que são antibíblicos, mas homem pós-moderno é apenas fruto do decorrer da sociedade e seu afastamento de Deus, como foi dito já, eles perderam seus fundamentos, não sabem mais no que crer, portanto a igreja tem seu dever neste ponto, não é apenas olhar para eles como produtos de evangelização, mas sim como uma sociedade que precisa de fundamentos, uma sociedade perdida, e como diz Alan Ricardo só se acha aquilo que está perdido. Portanto, o dever da igreja não é se isolar, mas ajudar estas pessoas trazendo um fundamento a elas, este fundamento, esta ética só o Senhor tem, fazer amizades não é errado, ao contrário é importante, porem sabendo que amizade não é fazer e nem compactuar com os pecados da sociedade.
            Em segundo lugar, pelo contexto no qual a igreja vive, não é motivo de parar de viver. A vida é um dom de Deus, nos temos esta liberdade cristã, somos livres, e podemos muitas coisas, só não podemos pecar, e pecar seria fazer algumas coisa que não glorifique a Deus. Isto também faz parte da espiritualidade cristã, viver, o ser humano dotado de sentimentos e desejos e isto deve ser cuidado, isolar-se no mundo seria não satisfaze  a vontade do homem, sempre segundo a vontade divina. Portanto, numa sociedade caótica, preocupante, descrente, o jovem cristão deve continuar a viver, e viver normalmente, nada pode nos abalar. Essa foi a vontade divina para Israel que estava cativa na Babilonia, lugar de outros costumes e crenças, mas o Senhor ordenou a eles por intermédio de Jeremias que continuassem a viver, e viver normalmente ( Jr 29. 4-14).
            Em terceiro lugar, o sal só pode salgar, a luz só pode iluminar se influenciarmos a sociedade através de nossas vidas. Que a sociedade ache em nós o que inconscientemente eles tanto procuram. Igreja não significa, povo chamado para dentro, mas sim o povo chamado para fora, nossa missão é extramuros.
            Portanto, segue aqui esta pequena reflexão, o cristianismo perde muito fieis entristecidos por uma religião que aprisiona o fiel dentro de paredes e não permitem viver. Que seja a busca da igreja nos dias de hoje, em conscientizar todos as formas de viver normalmente neste mundo sem ser deste mundo, sendo também exemplo, e não viver presos e sem vida, porque viver é ser espiritual, afinal “quanto mais humano nós somos, mais espirituais nos tornamos. Que cresça uma igreja santa sadia, feliz e que faça diferença na sociedade de hoje.






BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Alan Ricardo- Aula em sala de aula, IBAD, 2011
GASTALDI, Ìtalo. Educar e Evangelizar na PÓS-MODERNIDADE. 4º Ed. São Paulo, Editora Salesianas, 1998
PIPER, John.
SANTOS JÚNIOR, Reginaldo José. REFLEXÕES SOBRE EVANGELIZAÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE
RAMOS, Robson. Evangelização no Mercado Pós-Moderno. Viçosa, Ultimato, 2003.
STEVENS, Paul, Espiritualidade na Prática, Viçosa, Ultimato


[1]Graduado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembléias de Deus,
Bacharel em Teologia pela Faculdade Boas Novas – AM,
Pós-graduando em Filosofia pela Universidade Gama Filho - SP
Email: arthur.nantes@gmail.com
[2] A expressão "A morte de Deus" refere-se ao conceito do filósofo Friedrich Nietzshe, na qual em sua critica ao cristianismo e a religião junto a um olhar sociológico de seu tempo chega a conclusão que Deus não era mais o centro de todas as coisas, passando assim a dizer que Deus morreu.
[3] Influenciado pelo pensamento de construir uma sociedade perfeita, Hitler foi o comandante de um dos massacres que mancharam a historia da humanidade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sermão Pregado na capela do IBAD em Pindamonhangaba SP- Arthur Nantes de Alencar


Introdução

            Boa Noite a todos e a Paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém! Graças a Deus por esta oportunidade que Ele me concede de estar aqui para transmitir algo da vontade Dele.
            Eu peço a Deus a Sua Graça e misericórdia para transmitir a Palavra Dele, e que possamos ser tocados e edificados pela mensagem do Senhor.
 
Desenvolvimento

Convido a todos que abram suas bíblias e leiam junto comigo uma passagem da Bíblia que se situa no evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu Marcos, no capítulo 14 e versículos 3 ao 9. Leiamos...
Amados amigos companheiros e colegas, pensando e refletindo sobre a mensagem que poderia transmitir a todos esta noite, senti no meu coração já há alguns dias refletir sobre o texto no qual lemos e tirar algumas verdades espirituais que possam valer de edificação para a vida de cada um que me ouve esta noite.
Consultando o texto lido podemos perceber que ele trata de uma narrativa ocorrida em Betânia, alguns dias antes para a comemoração da Páscoa. A narrativa é bastante empolgante pois relata a atitude de uma mulher que numa ocasião junto a Jesus, num jantar na casa de Simão, o leproso, age de forma inesperada derramando um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Essa atitude ocasionou reprovação e criticas de alguns que estavam presentes, porém para Jesus Cristo, aquele foi um ato de grande amor e adoração a Ele, sendo assim Jesus a defende e aponta sua iniciativa como algo que será de exemplo para todos que ouvirem dessa atitude.
Pensando e refletindo nesta passagem, logo percebemos que o que ocorreu foi um ato de grande amor por aquela mulher que ganhou a aprovação de Jesus Cristo que se satisfez muito com aquela atitude da mulher. Mediante a este relato encontramos um verdadeiro exemplo de adoração a Deus. È sobre este assunto que pretendo me deter esta noite com todos vocês. As vezes somos muitos preocupados em conhecer e conhecer mais de Deus buscando teologias, lendo livros e livros, o que é muito bom, porém o problema é que nesta ânsia de busca em conhecer Deus, esquecemo-nos que este Deus deseja que sejamos também verdadeiros adoradores, Deus quer nossa adoração a Ele. O problema de quando nós buscamos mais em conhecer a Deus e esquecemos de adorá-lo é que corremos o perigo de ver Deus como apenas um meio de recebermos bênçãos, conhecemos a Deus, seus atributos, o quão grande e poderoso Ele é e nos esquecemos de adorá-lo não somente pelo o que Ele já fez em nossas e também não somente pelo o que Ele vai fazer mas pelo o que Ele é em nossa vida e pelo grande amor Dele por cada um aqui preferindo morrer do que viver sem nós.
Portanto mediante a estes pensamentos, convido a todos a refletirem junto comigo sobre o seguinte tema:

“Instruções para uma verdadeira adoração”

FT: Em primeiro lugar, para oferecermos a verdadeira adoração ao Senhor devemos:
I-                   ... saber que Jesus esta próximo a nós e devemos tomar a atitude de adorá-lo

Quando vemos o versículo 3, percebemos que aquela mulher aproveitou aquele momento singular na presença de Jesus para prestar-lhe adoração derramando aquele perfume sobre o Mestre. Ao ser criticado pelo seu ato, Jesus respondeu que ela não deveria ser censurada, pois tinha aproveitado uma oportunidade singular para homenageá-lo.
            Em seu ato de adoração, aquela mulher não perdeu tempo em oferecer seu louvor a Deus derramando aquele perfume sobre Sua cabeça, através deste fato então, o aplicamos em nossa vida de adoração a Deus. Como aquela mulher aproveitou seu momento único com Jesus Cristo, devemos nos atentar para isso e aproveitarmos momentos singulares para o adorá-lo. Jesus falou que estaria conosco por todos os momentos, o Espírito Santo habita em nós, mas existem momentos que não nos atentamos por estes fatos e deixamos de adorar ao nosso Deus.
            Portanto, mediante a esta atitude, de certa forma extravagante, porém de muito amor, aquela mulher ofereceu sua adoração a Deus. Vamos aprender com ela, vamos tomar atitudes de adoração, o Senhor está conosco a todos os momentos e não nos atentamos para isso, nossas atitudes não são de adoração ao nosso Deus esquecemos de Sua presença conosco e deixamos que oportunidades únicas passam sem que nós a percebemos.
            Como já disse, a mulher aproveitou aquela oportunidade singular, e nós será que não temos sido falhas quanto a isso, o conhecimento da presença de Deus é tão certo para nós que nos fazem acomodar.
            Diante desta lição, eu convido a todos os irmãos e irmãs a refletirmos sobre nossa adoração a Deus, será que ela faz parte da nossa vida?, será que não temos perdidos momentos em que podíamos louvar a Deus e glorificá-lo através de nossa adoração e não fazemos?. Jesus elogiou o ato daquela mulher e a colocou como exemplo sobre todos que lerem sobre esta história, e quanto a nós o que será que Deus possa dizer da nossa adoração a Ele?
            Vamos pensar mais sobre isso, e rever nosso conceito sobre a adoração ao nosso Deus e o quanto precisamos Dele.

F.T: Em segundo lugar, aprendemos que a verdadeira adoração...
II-... não medir esforços e nem sacrifícios.

            Naquele ato em que a mulher derrama o perfume sobre a cabeça de Jesus Cristo, ela não mediu esforço e nem sacrifício para adorá-lo. O nardo era um ungüento muito caro, feito de uma planta rara da Índia, conforme nos informa o versículo cinco o preço do perfume equivalia a um ano de trabalho de um homem. Este ato como vimos gerou discórdias por calculistas que apontaram como um exagero desnecessário, mas para Jesus, aquele foi um gesto de grande amor.
            Aquela mulher não se conteve em dar a Jesus uma coisa comum de todos os dias, tudo isso subentende um poderoso amor da parte dela. Somente o amor é deveras generoso, não pode ser calculista, como os que a repreenderam.
            Diante disso aprendemos então centralizarmos Cristo como o mais importante em nossa vida. Adorarmos a Deus é isso, não medimos esforços para o louvar e exaltar, pode ser que pareça algo extravagante ou até mesmo exagero como foi com aquela mulher, mas não é, devemos fazer isso, oferecer a Deus nosso melhor, dar a Deus o que é mais importante para nós porque Ele é merecedor do melhor que podemos oferecer.
            Damos tanta importância a coisas que são secundárias e triviais em nossas vidas, mas será que temos feito isso a Deus? Deus tem sido o centro da nossa vida e maneira de conduta?


F.T. Em terceiro lugar, aprendemos que a verdadeira adoração...
III-... é gratidão a Deus pelo que Ele é
            Aquela mulher reconheceu que em era Jesus e naquele gesto espontâneo demonstrou sua profunda gratidão a Deus. O reconhecimento de quem Jesus era foi a principal qualidade daquela mulher, por isso foi recebida com gratidão também da parte de Jesus.
            Irmãos e irmãs esta é a ultima lição que podemos aprender com esta passagem bíblica, da mesma forma que a mulher agiu com gratidão ao Senhor, devemos adorar ao Senhor com nossa gratidão. Nestes três anos de seminário, de tudo o que aprendi o que mais marco a minha vida foi entender e reconhecer minha insuficiência e pequenez diante do Senhor, descobri que se não for o Senhor em minha vida, nada posso e nada sou, estou aqui foi porque ele permitiu, portanto estamos aqui porque assim aprouve Deus, e devemos ser grato a Ele porque tem cuidado de nós.
            Um dos meu maiores testemunhos por esse período que estou aqui no Ibad, foi o cuidado do Senhor com minha família, isso seria o que me desestruturaria estando aqui, mas o Senhor cuido de cada um, e hoje estou no ultimo ano e glorifico a Deus pelo cuidado Dele comigo.
            Portanto, vamos refletir sobre isso, Deus é fiel em nossa vida e Ele esta conosco a todos os momentos, Ele merece a nossa adoração e gratidão por tudo que Ele tem feito por nós, vamos ser grato a este Deus, porque Ele é o único merecedor de nossa adoração e agradecimento.

Conclusão

            Amados, diante da palavra exposta esta noite, vamos nos conscientizar a buscarmos sempre o conhecimento de nosso Deus e seus atributos, mas nunca esquecer que não basta apenas conhecê-lo, temos que adorá-lo, não porque Ele necessita de nossa adoração, mas porque precisamos reconhecer seu poder e o que Ele é em nossa vida,  Ele é a causa de estarmos vivos e esperançosos.
            Portanto, vamos aprender com esta passagem como devem ser nossa atitude em adorarmos ao nosso Deus, merecedor de toda honra e toda glória.
            Meu desejo é que esta palavra fale profundamente em vossos corações e que o Senhor abençoe grandemente a cada um aqui esta noite. Amém.

Por Arthur Nantes Alencar
Bibliografia

Bíblia NVI – Ed. Vida

CHAMPLIN, Russel N- O Novo Testamento Interpretado – São Paulo – Ed. Hagnos - 2001

BRUCE, F.F – Comentário Bíblico NVI, Antigo e Novo Testamento, São Paulo, Ed. Vida, 2009

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A CONVERSÃO DE PAULO


A CONVERSÃO DE PAULO
Texto Base: Atos 9:1-16

Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”(At 9:15,16).

A conversão de Paulo se deve apenas a graça soberana de Deus. A graça divina faz com que os seres humanos sejam verdadeiramente humanos. É o pecado que encarcera; a graça liberta. A graça de Deus nos liberta da escravidão do nosso orgulho, preconceito e egocentrismo, fazendo-nos capaz de nos arrepender e crer. Não podemos fazer outra coisa, senão engrandecer a graça de Deus que teve misericórdia de um fanático enfurecido como Paulo, e de criaturas tão orgulhosas, rebeldes e obstinadas como nós.

1. O Encontro com Jesus. A narrativa da conversão de Paulo mostra que, antes de se encontrar com o Senhor, o então perseguidor da Igreja era alguém que “respirava ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”. Paulo, no seu “zelo religioso”, apenas trazia ameaças e mortes contra o próximo. O “zelo religioso”, sem a presença de Jesus Cristo na vida do religioso, somente redunda em ameaças e mortes.
Saulo e sua escolta (não sabemos quem eram) tinham quase completado sua viagem de cerca de 240 quilômetros, que deve ter levado por volta de uma semana. Quando se aproximaram de Damasco, perto do meio dia, de repente, “uma luz do Céu brilhou ao seu redor”(Atos 9:3), mais clara do que o sol(Atos 26:13). Foi uma experiência tão grandiosa que ele ficou cegado (Atos 9:8,9) e caiu por terra(9:4), prostrado aos pés de seu conquistador(Jesus Cristo). Então uma voz dirigiu-se a ele (26:14), de forma pessoal e direta: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. E respondendo à pergunta de Saulo sobre a identidade daquele que falava, a voz continuou: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”(At 9:5). Imediatamente, Saulo deve ter entendido, pela forma extraordinária como Jesus se identificou com os seus seguidores, que persegui-los era perseguir a Ele, que Jesus estava vivo e que suas afirmações eram verdadeiras. Assim obedeceu prontamente à ordem de levantar-se e entrar na cidade, onde lhe seriam dadas outras instruções. Enquanto isso, os seus companheiros de viagem, pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo ninguém (At 9:7). Eles também não entenderam as palavras do orador invisível (Atos 22:9). Mesmo assim, “guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco”(At 9:8). Ele, que esperava entrar em Damasco na plenitude do seu orgulho e bravura, como um autoconfiante adversário de Cristo, estava sendo guiado por outros, humilhado e cego, capturado pelo Cristo a quem se opunha. Não podia haver dúvidas sobre o que acontecera. O Senhor ressurreto aparecera a Saulo. Não era um sonho ou uma visão subjetiva; era uma aparição objetiva de Jesus Cristo ressurreto e exaltado. A luz que viu era a glória de Cristo, e a voz que ouviu era a voz de Cristo. Cristo interrompeu a sua impetuosa carreira de perseguição e fez com que se voltasse em direção contrária.
Somente um encontro pessoal com Jesus Cristo pode mudar o caráter de uma pessoa. Não há conversão sem que se encontre pessoalmente com Jesus Cristo. Saulo, após se converter, iniciou esta experiência, que alcançou um patamar tão profundo que, certa vez, afirmou: “… vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus…” (Gl.2:20).
2. Ananias visita a Paulo(Atos 9:10-19). Três dias haviam passado desde o seu encontro com Jesus ressurreto, “durante os quais nada comeu nem bebeu”(9:9). Como bom fariseu, buscou a Deus em jejum, não mais o jejum ritual e formalista que costumava fazer, mas uma intensa busca de Deus, para saber qual era a vontade do Senhor para a sua vida, tanto que teve uma visão em que Ananias orava por ele e lhe restabelecia a vista (At 9:12), que foi precisamente o que aconteceu, oportunidade em que, demonstrando ser uma pessoa realmente convertida, aceitou ser batizado nas águas e, nesta ocasião, também foi cheio do Espírito Santo, ou seja, batizado com o Espírito Santo (At 9:17,18).
A princípio, quando ordenado a visitar Paulo, Ananias vacilou. Ele estava muito relutante em fazer aquela visita, e sua hesitação era compreensível. Ir até Saulo seria o mesmo que se entregar à policia. Seria suicídio. Pois já tinha ouvido a respeito dele e dos males que havia feito ao povo de Jesus em Jerusalém(9:13). Ananias também sabia que Saulo viera a Damasco “com autorização dos principais sacerdotes para prender todos os crentes”(9:14). Mas Jesus repetiu sua ordem, dizendo: “Vai”; e acrescentou que Saulo era um instrumento escolhido para levar o seu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel(9:15) – ministério que lhe traria muito sofrimento por amor a esse mesmo nome(9:16). Assim, Ananias foi até à Rua Direita (9:11), que ainda é a principal rua que vai de leste a oeste de Damasco, e entrou na casa de Judas, no quarto em que estava Saulo. Lá ele lhe impôs suas mãos, talvez para identificar-se com Saulo enquanto orava pela cura de sua vista e pela plenitude do Espírito Santo para dar-lhe poder para exercer seu ministério. Imediatamente “lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver”. Depois disso, ele foi batizado nas águas(9:18), provavelmente por Ananias, que assim o recebeu de forma visível e pública na comunidade de Jesus.
Aqui temos preciosas lições: a conversão genuína leva a pessoa a ter uma vida de oração e consagração a Deus. Paulo passou a buscar a Deus assim que se converteu, querendo saber qual a vontade do Senhor para a sua vida. A conversão genuína leva a pessoa a aceitar o batismo nas águas, a cumprir as ordenanças do Senhor. A conversão genuína e a busca incessante do Senhor leva-nos ao revestimento do poder, ao batismo com o Espírito Santo, indispensável para um ministério eficaz. Por fim, a obra do Evangelho não se limita a salvar a alma, mas também a curar o corpo; Saulo foi curado da cegueira, para que pudesse exercer a obra do Senhor. Jesus continua o mesmo: salva, cura e batiza com o Espírito Santo.
3. Saulo, de perseguidor a perseguido(ler Atos 9:19-25). Os discípulos em Damasco abriram o coração e os lares para Saulo. Logo, ele começou a pregar nas sinagogas, proclamando com ousadia que Jesus é o Filho de Deus. Os ouvintes judeus ficaram consternados, pois, até então, Saulo havia odiado o nome de Jesus. Agora, estava pregando que Jesus é Deus, que Ele era o Messias de Israel. Os judeus ficaram tão furiosos que planejaram tirar a vida daquele que, outrora, havia sido seu defensor, mas agora era um “apóstata”, um “renegado”, um “vira-casaca”. Para que Saulo pudesse fugir da cidade, os discípulos o colocaram num cesto grande e desceram-no por um buraco na muralha da cidade durante a noite. Saulo partiu de forma humilhante, mas, como todos aqueles que são quebrantados, pôde suportar por amor a Cristo o opróbrio do qual outros se esquivariam.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Os nomes de Deus:
EL ÔLAM
Deus Eterno
ATTIQ YÔMIN
Antigo de Dias
EL ELHÔHÊ ISRAEL
Deus de Israel
EL ELAH
Todo.Poderoso
JEOVÁ JIRÉ
O Senhor provê
ELOHIM
Criador
JEOVÁ NISSI
O Senhor é a minha bandeira
ADONAI
Senhor
JEOVÁ SHALOM 
O Senhor é paz
ELIOM
Altíssimo
JEOVÁ TSIDIKENU 
O Senhor é a nossa justiça
KADOSH
Santo
JEOVÁ SHAMMAH 
O Senhor está presente
GIBBOR 
Poderoso
JEOVÁ SEBHÃÔH 
Senhor dos Exércitos
MAOR 
Criador da Luz
KADOSH ISRAEL 
Santo de Israel
SHAPHATAR 
Juiz
YOHANAN 
Yohanan ou Yehohanan (João) que se decompõe em Yeh, Yo, Yaho (abreviações de Yahweh, Javé, Deus) e hanan (compadecer-se), com o sentido de Deus teve misericórdia, se compadeceu
ELOI 
Senhor de todas as coisas
PALET 
Libertador
MARGEN 
Protetor
AARÁ 
Meu Pastor
JEHOSHUA 
Javé é a Salvação
EL ROI 
Deus que vê
ADON HAKAVOD 
Rei da Glória
EL SHADAI 
Deus Todo.Poderoso
YAVEH TIÇAVAOT 
Senhor das Hostes Celestiais
ROBECA 
Que te sara
YAVEH EL ELION NORAH   
O Senhor Deus Altíssimo é Tremendo
NIKADISKIM 
Que nos santifica
YESHUA 
Jesus
RAFÁ 
Que cura
JEOVÁ JASER 
O Senhor é Reto
SALVAON 
Senhor Todo Poderoso
YHWH 
Nome impronunciável de Deus; sempre que aparece
na Bíblia, é traduzido como Senhor
JEOVÁ HOSSEU 
O Senhor que nos criou
JEOVÁ ELOHEKA 
O Senhor teu Deus
MALAH BRIT 
O Anjo da Aliança
EL RAÍ
O Deus que tudo vê
EL CANÁ 
O Deus zeloso
EL DEOT 
O Deus das Sabedorias
 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Hermenêutica

Hermenêutica
(Por Lúcio Flávio Costa da Silva)
·         "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Tm. 3.16,17)
 
·         "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pd 1.20,21)

·         "Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e decaiais da vossa firmeza." (2 Pd 3.16,17)

Introdução:
De muitas maneiras os homens se diferem entre si e esse fato, naturalmente, faz com que eles distanciem mentalmente uns dos outros na capacidade intelectual, no gosto estético, na qualidade moral e etc.
Alguns foram instruídos em conhecimentos intelectuais e outros não tiveram estas oportunidades e isto provoca divergências de interpretação.
Apesar destas divergências entre os homens, Deus tem um plano para os mesmos e este está revelado na Bíblia Sagrada.
Este plano de Deus traça um mesmo caminho para reunir uma grande família em Cristo Jesus, com a unificação dos povos sem distinção de cor, raça, sexo, nacionalidades, condições social e econômica. (Gl 3.28; Cl 3.11)
Diante deste quadro a aplicação da hermenêutica será imprescindível a unificação do conhecimento do Plano da Salvação para com todos os homens da terra.


1 – DEFINIÇÃO:

HERMENÊUTICA:
Esta palavra se deriva da palavra grega HERMENEUTIKE, que por sua vez se deriva do verbo HERMENEUO, que significa a ciência e a arte da interpretação do sentido das palavras ou textos.
Hermenêutica, portanto é ciência e ao mesmo tempo arte. Como ciência ela determina regras e princípios seguros e imutáveis de interpretação, como arte ela define como estas regras e princípios devem ser aplicados.

2 - A NECESSIDADE DO ESTUDO DA HERMENÊUTICA:
O pecado obscureceu o entendimento do homem e exerce influência perniciosa em sua mente e torna necessário o esforço especial para evitar erros. (II Pd 3.16 e De 7.10)
A aplicação e a conservação do caráter teológico da hermenêutica estão vinculadas ao recolhimento do princípio da inspiração divina da Bíblia Sagrada.

3 - A VALOR DA HERMENÊUTICA
  • Nos aproxima do texto e do seu sentido e significados corretos;
  • Fortalece a nossa convicção na pessoa de Deus;
  • Enaltece a Soberania de Deus que preservou a escrita até hoje; 
  • Nos coloca na linha da história da igreja;
  • Traz equilíbrio entre o conteúdo (revelação) e comportamento (ética, exigência);
  • Confirmação da credibilidade da revelação. Homens falaram à tantos e tão distante de nós;
  • Auxilia-nos para determinar o permanente e o temporário;
  • Valida a encarnação do Filho de Deus;
  • Evita o desvio;
  • Descobre-se a unidade da revelação.

4 - A DIVISÃO DA HERMENÊUTICA:

A hermenêutica se divide em:
4.1 - Hermenêutica Geral:
São os princípios gerais de interpretação das palavras nos textos, é, portanto uma busca  cuidadosa, através de um estudo metódico, servindo-se de princípios básicos de interpretação do que o autor tinha em mente quando escreveu determinado texto.

4.2 - Hermenêutica Especial:
São os princípios e regras de interpretação de texto de determinada área do conhecimento. Cada área do conhecimento humano tem suas leis e princípios próprios de como os textos ligados a esta área têm que ser interpretado. Por exemplo, quem estuda gramática, tem que conhecer os princípios que regem a interpretação das palavras do texto gramatical o mesmo ocorre com as demais áreas do conhecimento humano tais como a Arqueologia, Medicina, História, Música. Se nós aplicarmos as regras de uma matéria na interpretação de textos da outra, o resultado será negativo, ou seja, nossa interpretação não estará correta, visto que cada matéria ou disciplina tem leis específicas e aplicáveis somente àquela matéria.
A hermenêutica Bíblica é portanto uma das partes da hermenêutica especial, que estabelece regras e princípios de interpretação da Bíblia Sagrada. A Bíblia como livro divino dado a humanidade, tem um conjunto de regras e princípios de interpretação para que possamos chegar ao sentido exato do que o Espírito de Deus queria nos transmitir através do autor que escreveu. Interpretar a Bíblia sem levar em consideração a Hermenêutica Bíblica é distorcer o que Deus transmitiu e levá-lo a dizer o que nós gostaríamos que ele dissesse.

5 - DIVISÃO DA EXEGESE

A Teologia Exegética se divide em três partes que são:

5.1 - Critica Textual:
Esta tem como objetivo determinar quais são as palavras mais exatas que traduzem o texto original, tendo-se em vista que a tradução é buscar o sentido do texto, ou seja, o que o autor queria transmitir, não é simplesmente mudar de um idioma para outro, isto é transliteração, tradução é mais que isto é procurar entender o que o autor estava transmitindo aos seus contemporâneos e traduzi-las para o nosso idioma de forma que nós possamos entender, e a critica textual tem este objetivo, procurar quais as palavras atuais, melhor exprime o que o autor estava transmitindo em sua época e idioma.

5.2 - Hermenêutica:
Esta visa descobrir o sentido exato das palavras no texto, isto é, a teoria de como o texto deve ser interpretado pelo leitor, por isso, ela determina regras que orientam o estudante como chegar ao sentido exato do que o autor estava e está transmitindo.
5.3 - A Exegese:
Exegese é o estudo cuidadoso e sistemático de um texto para comentários, visando o esclarecimento ou interpretação do mesmo. É o estudo objetivando subsidiar o passo da interpretação do método analítico da hermenêutica. Este estudo é desenvolvido sob as indagações de um contexto histórico e literário.

5.4 - Pré-requisitos para uma boa exegese.
5.4.1 - Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia – (Jo 16.13; 14.26; I Cor 2.9 e 10; I Jo 2.20 e 27);
5.4.2      - Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você, evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu potencial próprio.
5.4.3      - Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.

5.5. - Aplicação da exegese.
A aplicação da exegese é realizada a partir das indagações básicas sobre o contexto e o conteúdo do texto em exame.
5.5.1      - Texto – O capítulo, parágrafo ou porção bíblica que encerra uma idéia completa, que se pretende estudar. Ex.: Mateus 5.1-12; I Coríntios 11.1-3; João 14,6, etc.
5.5.2      - Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto. Ex.: Texto João 14.6, Contexto Gênesis 1.1 a João 14.5 e João 14.7 a Apocalipse 22.21.

Obs.: As vezes tomando-se o contexto próximo do texto, é o suficiente para uma interpretação correta. Outras vezes será necessário lançar mão do capítulo inteiro, ou do livro inteiro, ou ainda da Bíblia toda.

Estas matérias é que norteiam o estudioso como interpretar os textos sem distorcer e nem acrescentar algo ao que está sendo estudado.